O Estado português pouparia quase 150 milhões de euros se o número de medicamentos que não necessitam de receita médica tivesse um aumento de 5 por cento. Esta é a principal conclusão de um estudo realizado pela Associação Europeia da Industria da Automedicação (AESGP), designado "O valor económico e de saúde pública da automedicação", onde é feita uma análise do impacto destes medicamentos em sete países da União Europeia.
Tendo em conta que 5 por cento dos fármacos prescritos pelos médicos estão associados a doenças e sintomas ligeiros, este estudo tentou avaliar que reflexos teria para a economia e para a saúde pública a sua passagem para a venda livre.
Mas se o aumento do mercado dos fármacos de venda livre em 5 por cento significaria poupança de 150 milhões de euros para o Estado, o mesmo não se poderá dizer para os utentes, uma vez que teriam que ser estes a ter que pagar a factura... O que o estudo não indica é o impacto que teria na carteira do utente.
Tirando de parte os custos, esta questão apresenta outra perspectiva: a do aumento da automedida. E é precisamente neste ponto que as opiniões tem divergido. Paulo Sousa, da delegação regional da Ordem dos Farmacêuticos, diz que a «automedicação faz todo o sentido se for responsável, se for feita com aconselhamento de um médico, de um farmacêutico ou por uma pessoa que esteja dentro do assunto». «Não faz sentido a automedicação se for naqueles casos em que as pessoas tomam um medicamento que tem em casa ou porque uma vizinha disse que tal medicamento era bom para o seu problema», acrescentou. Isso é um absurdo», disse, ao explicar que «há que ter cuidado porque as vezes os sintomas são parecidos e as doenças diferentes». «As pessoas podem automedicar-se mas com aconselhamento», diz o farmacêutico, ao considerar que «quando as pessoas fazem a medicação que seja responsável, de maneira a que as pessoas fiquem melhores e não piores, como é lógico», realçou.
Cabe ao instituto responsável pelos medicamentos, que em Portugal é o Infarmed, decidir se o fármaco deve ser ou não de venda livre, tendo em conta a relação dos factores benefícios/riscos.
Paulo Sousa apontou como exemplo os pensos para deixar de fumar. O Nicotinell, por exemplo, em França é de venda livre enquanto em Portugal a sua compra está sujeita a receita médica. Com esta finalidade, o único medicamento cuja venda não está sujeita a prescrição médica é o Nicorette, umas pastilhas que contêm nicotina.
Questionado sobre se concorda ou não com o aumento do mercado dos medicamentos de venda livre, Paulo Sousa refere que «esta e uma situação em que se possa dizer no geral sim ou não». «Se existem áreas onde se poderia ir mais longe, existem outras onde, se calhar, não se deveria ir tão longe onde se vai», considerou.
Segundo dados da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), os medicamentos de venda livre representam uma quota de mercado de 8,2 por cento. Dores de cabeça, febre, constipação, gripe, dependência da nicotina são as patologias mais frequentes e que estão relacionadas com os medicamentos de venda livre.
Tendo em conta que 5 por cento dos fármacos prescritos pelos médicos estão associados a doenças e sintomas ligeiros, este estudo tentou avaliar que reflexos teria para a economia e para a saúde pública a sua passagem para a venda livre.
Mas se o aumento do mercado dos fármacos de venda livre em 5 por cento significaria poupança de 150 milhões de euros para o Estado, o mesmo não se poderá dizer para os utentes, uma vez que teriam que ser estes a ter que pagar a factura... O que o estudo não indica é o impacto que teria na carteira do utente.
Tirando de parte os custos, esta questão apresenta outra perspectiva: a do aumento da automedida. E é precisamente neste ponto que as opiniões tem divergido. Paulo Sousa, da delegação regional da Ordem dos Farmacêuticos, diz que a «automedicação faz todo o sentido se for responsável, se for feita com aconselhamento de um médico, de um farmacêutico ou por uma pessoa que esteja dentro do assunto». «Não faz sentido a automedicação se for naqueles casos em que as pessoas tomam um medicamento que tem em casa ou porque uma vizinha disse que tal medicamento era bom para o seu problema», acrescentou. Isso é um absurdo», disse, ao explicar que «há que ter cuidado porque as vezes os sintomas são parecidos e as doenças diferentes». «As pessoas podem automedicar-se mas com aconselhamento», diz o farmacêutico, ao considerar que «quando as pessoas fazem a medicação que seja responsável, de maneira a que as pessoas fiquem melhores e não piores, como é lógico», realçou.
Cabe ao instituto responsável pelos medicamentos, que em Portugal é o Infarmed, decidir se o fármaco deve ser ou não de venda livre, tendo em conta a relação dos factores benefícios/riscos.
Paulo Sousa apontou como exemplo os pensos para deixar de fumar. O Nicotinell, por exemplo, em França é de venda livre enquanto em Portugal a sua compra está sujeita a receita médica. Com esta finalidade, o único medicamento cuja venda não está sujeita a prescrição médica é o Nicorette, umas pastilhas que contêm nicotina.
Questionado sobre se concorda ou não com o aumento do mercado dos medicamentos de venda livre, Paulo Sousa refere que «esta e uma situação em que se possa dizer no geral sim ou não». «Se existem áreas onde se poderia ir mais longe, existem outras onde, se calhar, não se deveria ir tão longe onde se vai», considerou.
Segundo dados da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), os medicamentos de venda livre representam uma quota de mercado de 8,2 por cento. Dores de cabeça, febre, constipação, gripe, dependência da nicotina são as patologias mais frequentes e que estão relacionadas com os medicamentos de venda livre.

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